Diálogos

A cultura é composta de várias coisas. Enquanto a raça humana existir, a cultura vai ser infinito. A cultura se expressa em tudo que é feito e dito. Do sotaque á comida que se prefere, a cultura tem base em tudo; uma pessoa sem cultura é igual um astronauta sem oxigênio. Muitas pessoas confundem "a cultura" com o desenvolvimento, mas o desenvolvimento só faz parte da cultura. Não é justo dizer que eu sou mais aculturado que uma pessoa que não atendeu a faculdade, ou que os EU é mais aculturado que a maioria da África. Simplesmente, isso é errado.

Sua cultura inteira não é composta só pelas coisas que você gosta e não gosta, ou pelas coisas que você tem ou não tem. Posso te dizer que gosto de comida Tailandesa, que minha cor preferida é verde, e que eu gosto muito de AJR, mas isso não basta para ser minha "cultura inteira". A cultura não é só o "o quê", mas também o "porquê". A cultura é feita pelas nossas histórias. Mas mesmo se eu te dissesse que eu gosto de comida Tailandesa porque eu gosto de comida picante, ou que gosto de AJR porque me identifico com a música deles, isso ainda não bastaria para ser minha "cultura inteira". Não acredito que seja possível definir a cultura completa de qualquer pessoa. A razão é que a cultura é o potencial e o poder da expressão humana. A cultura não tem limites.

Então, qual é a meta final da cultura? Qual é o propósito dela? É só para divertir-se? É só para expressar? A minha resposta é o seguinte: sim e não. O propósito da cultura é para fazer conexão com o mundo e as pessoas ao seu redor. Contar piada, compartilhar o lanche, cantar com a galera, jogar um esporte, todas essas coisas fazem conexões. Tudo isso faz parte cultura. As vezes, a cultura pode nós restringir de conexão se ela tiver base na competição ou no racismo. A raça humana não é perfeita, mas eu acredito que ela tem o potencial de se tornar mais e mais perfeita ao longo de tempo.

A cultura consegue crescer, mas igual um arvore ela precisa ser formada na maneira correta para dar frutos bons. Eu tenho fé na raça humana. A conexão tem o poder para inspirar a caridade e a humildade. Se todos nós aprendermos o idioma do outro, um dia todo mundo vai falar o mesmo idioma. Se todos nós compartilharmos os nossos bens com um ao outro por causa do amor verdadeiro, um dia não vai existir "pobre" ou "rico." A cultura não é o fim, é um meio para o fim.

Enfim, eu acredito que a cultura é infinita, a cultura inteira de uma pessoa não é definido só pelas coisas que ela gosta ou tem, e a cultura é o meio de conexão. Eu não sei exatamente como colocar meus pensamentos em palavras, mas eu espero que vocês entendam o que eu acredito.

Diálogo 1.3

Dia 2 de Fevereiro, 2022

Um autor falecido que se chama Marty Rubin uma vez disse, "Atrás de cada máscara há um rosto, e por trás dele, uma história." É verdade que como membros da raça humana, todos nós dependemos no uso de máscaras sociais para se adaptar em várias situações, mas muitas vezes a identidade verdadeira é confundida com a máscara. O problema é que não existe uma forma de distinguir entre a máscara e a identidade verdadeira porque somos definidos pelas coisas que fazemos não pelas coisas que afirmamos ser. Em resumo, nós somos quem escolhemos ser.

No artigo “O Funk No Rio De Janeiro: Identidade Étnica, Cultural e Social Na Baixada Fluminense" (Nogueira Rangel, Patricia Luisa), encontramos essa mesma ideia de "níveis de identidade" que tem base no gosto do indivíduo, ou seja nesse caso, o gosto do Funk. O Funk é uma fonte de expressão que vem de várias culturas diferentes, mas pode se aplicar a qualquer pessoa que faz sua identidade por meio dele. Pode ser um adolescente bravo que se acha rebelde ou até uma mãe solteira que quer temporariamente escapar das suas dificuldades, não importa porque todo mundo quer cantar a sua própria história. Eu concordo e discordo com a autora desse artigo quando ela disse que "... as questões identitárias do funkeiro na Baixada Fluminense refletem o mundo pós-moderno, em que o indivíduo não mais possui uma identidade única, submetida aos valores e padrões do Estado, como elemento de representação da sociedade dominante; é possível a ele possuir identidades diversas em momentos diferentes, que atendam suas expectativas." Até um certo ponto, ela está certa, mais eu acho que a identidade é igual um cristal que é cultivado pelos minerais ao seu redor. O cristal é quebrado pelos elementos ao longo do tempo, mas ele ganha uma nova forma à medida que interage com o ambiente e se torna uma beleza multifacetada. Se eu fosse um muleque brasileiro criado num ambiente que tem base no Funk, é provável que eu vou me identificar com o Funk. Se eu fosse um homem rico criado num ambiente que tem base no Opera, é provável que eu vou me identificar com o Opera.

Bibliografia:

Nogueira Rangel, Patricia Luisa. “O Funk No Rio De Janeiro: Identidade Étnica, Cultural e Social Na Baixada Fluminense.” Periferia, vol. 5, no. 2, pág. 128, 2013, https://doi.org/10.12957/periferia.2013.15370

Diálogo 1.4

Dia 4 de Fevereiro, 2022

Existem problemas como racismo e machismo que, infelizmente, são partes integrais das nossas sistemas e culturas. Independente da crença, do conhecimento, e da criação de qualquer pessoa, essas ideias se perpetuam por meio das midias, dos nossos atos, e das nossas histórias. As duas forma mais conhecidas de racismo são, como o Cody disse, o racismo aberto e o racismo por denegação, mas o racismo não tem base nenhum nas ciências nem na antropologia porque todo ser humano é criado com igualdade de alma mesmo se não tivermos igualdade de corpo. O machismo é uma certa forma de chauvinismo que determina o sexo feminino como inferior em comparação com o sexo masculino, mas isso também é uma crença errada que não tem razão nenhuma porque qualquer gênero é capaz de governar, contribuir na sociedade, e de se educar. Mesmo se eu for contra o racismo ou o machismo em todas suas formas, eu ainda vou fazer parte do problema se eu não agir direitamente contra eles. Uma amiga minha uma vez citou o falecido Desmond Tutu que disse "se um elefante tem o pé na cauda de um rato e você diz que você é neutro, o rato não vai apreciar a sua neutralidade."

Um exemplo do problema de racismo é quando Adilson explicou que mesmo se uma pessoa branca for contra o racismo, ele vai quase sempre vai ter um grupo íntimo de amigos que só consiste de pessoas brancas. Infelizmente, é verdade que muitas vezes a gente representa as coisas que precisam se mudar. Se nós pensarmos que um simples intercambio de "bom dia" ou "boa noite" entre duas pessoas de cores diferentes é suficiente para refutar a existência do racismo, nós vamos estar errados. Um exemplo do problema de machismo são as imagens e noções falsas que são transmitidas por meio da televisão e a música que representam as mulheres como objetos, o sexo como um brinquedo, e a violência como normal. É errado pensar que esses atos imorais tem a capacidade de criar felicidade alguma, quando de fato esses atos imorais só trazem miséria, angústia, e mágoa.

Eu poderia discutir esses temas por horas, mas na verdade esses problemas são as sintomas da mesma enfermidade: o orgulho. O orgulho consegue distorcer a realidade e criar uma falta de conexão com ela. O orgulho cria emoções de ciúmes, violência, ira, e ódio que nos fazem quer mais os nossos próximos. O orgulho sempre se acha certo e nunca quer aceitar as consequências naturais. O orgulho chama o bem mal. e o mal bem. O orgulho faz de escuridão luz, e da luz, escuridão. O orgulho é a semente que se torne racismo, machismo, guerra, pobreza, terrorismo, pollução, e o abuso. É um ciclo de preguiça e ódio que precisa se terminar, mas isso não vai acontecer até que tenhamos um amor verdadeiro que se planta em todo coração.

Diálogo 1.5

Dia 11 de Fevereiro, 2022